5 forças de Porter: o que são e para que servem

17/01/2023 | Santander Universidades

A crise provocada pela pandemia de Covid-19 impactou fortemente as empresas. De acordo com o Banco Mundialuma em cada quatro empresas no mundo sofreu queda de 50% nas vendas em virtude da pandemia.

Tal dado evidencia os efeitos negativos que muitas organizações vivenciaram no período. Porém, há também exemplos de negócios que conseguiram se adaptar. É o caso de alguns restaurantes que, apesar de permanecerem fechados, adotaram a modalidade delivery para sobreviver. 

Em situações de crise, diante de mudanças na demanda ou com a entrada de novos concorrentes, é essencial realizar uma análise de mercado, já que estes fatores afetam as empresas de diversas formas. 

Você sabia, por exemplo, que o Yahoo! teve a oportunidade de comprar o Google, mas avaliou que o investimento era muito alto para a aquisição do mecanismo de busca? Uma análise de mercado feita com base no modelo de 5 forças de Porter podia ter orientado a empresa para uma outra direção. Se você não conhece essa ferramenta e quer saber no que ela consiste e como aplicá-la por meio de exemplos reais, te explicamos neste artigo.

O que são as 5 forças de Porter e para que servem?

Ao longo de sua existência, toda empresa deve avaliar sua competitividade no mercado, seja no momento de seu lançamento, no desenvolvimento de um novo projeto ou na sua inserção em um novo mercado. Essa avaliação da competitividade pode ser feita por meio das 5 forças de Porter. 

Definidas por Michael Porter no livro Estratégia competitiva, as 5 forças de Porter são as seguintes: 

1. Ameaça de entrada de novos concorrentes

Quando um concorrente em potencial entra no mercado, ele primeiro precisa superar uma série de obstáculos, tais como regulamentações, canais de distribuição, custos etc. Nesse sentido, quanto mais fácil for para seu competidor  superar essas possíveis barreiras do mercado, maior será a ameaça para o seu negócio. 

Não costuma ser tão difícil se inserir, por exemplo, no setor varejista de café premium. Por isso, empresas como Starbucks devem analisar continuamente o mercado e atualizar seus preços e ofertas aos clientes.

2. Rivalidade entre concorrentes existentes 

Quanto maior o número de organizações que oferecem produtos e serviços similares no mercado, menor será a competitividade de uma empresa. 

Tomando como exemplo os principais sites de busca, podemos ver que existem diversos players, entre eles Yahoo! e Bing. No entanto, o Google se diferencia de sua concorrência e lidera de longe o mercado, oferecendo a melhor experiência de pesquisa por meio de buscas rápidas, avançadas e de imagens.

3. Ameaça de produtos e serviços substitutos

Quando existem no mercado produtos com boa relação custo-benefício e com custo reduzido, tais opções podem substituir outras já existentes, afetando, assim, a lucratividade de um negócio

Um exemplo disso são as viagens de negócios, que têm sido substituídas pelo uso generalizado da videoconferência pelas empresas.

4. Poder de negociação do fornecedor

Toda empresa depende de diversos fornecedores. Em alguns casos, contudo, eles podem representar uma ameaça aos lucros das organizações: 

  • Se detêm o monopólio do setor. Por exemplo, a Microsoft domina o mercado de sistemas operacionais de computadores, o que impacta diretamente os fabricantes desses produtos. 
  • Se as empresas enfrentam um custo elevado quando desejam mudar de fornecedor.
  • Se os fornecedores podem entrar no mercado como um participante adicional.

Para evitar esses riscos, é possível tomar algumas medidas, tais como ampliar o número de fornecedores, estabelecer parcerias de longo prazo ou fabricar a própria matéria-prima. 

5. Poder de negociação do cliente

A lucratividade do negócio também pode ser afetada se os clientes se juntarem para  conseguir produtos ou serviços de melhor qualidade ou para definir um preço máximo dos produtos e serviços. Algumas medidas podem ser tomadas de modo a evitar que isso interfira nos lucros, entre elas: 

  • Desenvolver uma proposta de valor que diferencie a empresa da concorrência. 
  • Aprimorar a qualidade dos produtos ou serviços. 
  • Aumentar os gastos com campanhas de marketing para tornar visível essa diferenciação. 

Um bom exemplo nesse caso é a IKEA, marca internacional de varejo de móveis que lida com o fato de que os consumidores têm muitas opções disponíveis para compra de móveis, tanto global quanto localmente. Entretanto, ela se diferencia de seus concorrentes sob vários aspectos, entre eles a oferta de móveis de design a preços acessíveis, a democratização da compra de tais mercadorias, a otimização dos custos de transporte e a abordagem Do It Yourself (Faça Você Mesmo). 

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Como aplicar o modelo das 5 forças de Porter em uma empresa?

Embora cada empresa tenha suas particularidades, existem algumas etapas comuns que podem ser seguidas para a implementação do modelo das 5 forças de Porter:

  • Estabelecer objetivos. É fundamental que você pense no que quer alcançar aplicando o modelo das 5 forças de Porter. Seus objetivos devem ser bem definidos (por exemplo, aumentar a participação de mercado em uma determinada porcentagem ou dentro de X meses). Mais adiante, é importante também comparar as metas estabelecidas com os resultados obtidos, a fim de fazer modificações nas ações realizadas para atingir esses objetivos. 
  • Definir a visão, missão e valores da empresa. A definição desses três elementos é a base para criar uma estratégia utilizando as 5 forças de Porter. No caso do Google, por exemplo, a missão, visão e valores são os seguintes: 
    • Missão: organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.
    • Visão: garantir o acesso às informações do mundo todo em um só clique.
    • Valores: aprendizagem, sucesso e inclusão.
  • Criar a estratégia. Uma vez estabelecidos os objetivos, é hora de definir as ações de sua estratégia. Para isso, considere as seguintes etapas: 
    • Analise o mercado e compare os preços e a qualidade dos produtos, assim como a tecnologia utilizada pela concorrência. 
    • Estude os obstáculos de entrada no mercado, sejam eles de ordem legal, tecnológica ou de qualquer outra natureza. 
    • Defina a relação que mantém com seus fornecedores de matérias-primas e mão-de-obra e estabeleça o custo que teria para trocar de fornecedores. 
    • Procure saber como seus clientes reagiriam a um ajuste no preço de seus produtos ou serviços. Avalie também a tendência deles em buscar substitutos para seus produtos. 
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Como podemos ver, todo empresário enfrenta o desafio constante de que seu negócio se adapte às circunstâncias, supere eventuais dificuldades e cresça. Nesse sentido, a formação profissional contínua é essencial para qualquer um adquirir as habilidades e ferramentas necessárias para a criação de estratégias que garantam a rentabilidade de um negócio. 

É com esse objetivo que o Banco Santander está lançando 5.000 vagas para o Curso Santander | Business for All 2024. Este programa, destinado a pessoas que desejam aprimorar suas habilidades empresariais, foi elaborado pelos melhores especialistas da Harvard Business School Publishing, uma das instituições de ensino mais prestigiadas do mundo.

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Disponíveis em inglês, espanhol e português (Brasil), todos os cursos são ministrados por especialistas altamente qualificados e gratuitos para os beneficiários. Para se candidatar, não é preciso ter diploma superior nem ser cliente do Banco Santander.

Neste curso, você irá desenvolver todos os conhecimentos e habilidades necessárias por meio de conteúdos sob demanda, debates virtuais em sessões ao vivo com mentores e facilitadores de aprendizagem, interação com colegas de turma, exercícios e ferramentas com as quais poderá compartilhar os conhecimentos adquiridos em seu dia a dia de trabalho. Ao fim do curso, você receberá um certificado da Harvard Business School Publishing.

 

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